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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cadela sem movimento nas patas espera por adoção

Cadela sem movimento nas patas espera por adoção




Kate não tem movimento nas patas traseiras
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Não é preciso esperar um minuto para se simpatizar e receber lambidas que traduzem um "seja bem-vindo". Mesmo com dificuldades em se locomover, vai se arrastando em busca de uma troca de carinho. Não mede esforços para chamar e ser o centro da atenção. Essas ações são praticadas por uma cadela especial de nome Kate, que foi encontrada abandonada na cidade de Bento de Abreu e hoje vive sob os cuidados de quatro amigas, que se revezam para cuidar do animal. Kate, por ter sofrido uma lesão grave na coluna, teve os movimentos dos membros inferiores comprometidos e, para andar, se arrasta no chão ou em uma cadeirinha.



A cadela que tem uma mistura da raça Fila com Labrador depende do grupo das amigas protetoras dos animais para ser limpa, alimentada, tratada. Segundo a veterinária Natália Rodrigues Camargo Neves, a cadela pode voltar a andar, mas, para isso, precisa manter o tratamento semanal no qual é submetida: acupuntura e fisioterapia. "Atualmente, ela faz duas sessões de acupuntura por semana e toma um medicamento para aumentar a lubrificação das articulações. Pelos poucos exames que conseguimos fazer, vimos que as lesões graves são reversíveis", explicou Natália, que também colabora com o tratamento, doando metade do pacote de sessões de acupuntura.


O único e principal problema é que o imóvel onde Kate vive será alugado e as responsáveis pelo seu cuidado não têm onde deixá-la. "A gente precisa de alguém que queira adotar a Kate e que dê todo o amor que ela precisa. A pessoa que tiver essa atitude vai contar com todo o nosso apoio como doação de ração, produtos de limpeza e o pagamento das sessões", disse a auxiliar de faturamento Ana Carolina Carli, 29 anos. Além dela, faz parte do grupo a auxiliar administrativa Lígia Maria Silva Guimarães, 28, a professora Fernanda Colli, 24 e a atendente Danielle Murakami, 29.


Fotos de Paulo Gonçalves/Folha da Região - 10/08/2012






MAGRA
De acordo com Ana Carolina, Kate foi retirada da rua em outubro do ano passado por duas amigas da turma, que moram em Bento de Abreu e que não tinham condições de oferecer o tratamento necessário para a cadela naquela cidade. Quando ela chegou para morar no imóvel da família da auxiliar de faturamento, que até então estava desocupado, Kate estava muito magra, machucada, sem três dedos da pata traseira esquerda. "Antes ela não conseguia apoiar as patas, mas, com a fisioterapia e a acupuntura, consegue se arrastar e engordou bastante", explicou Ana Carolina, lembrando que o animal depende de uma ração especial, feita com tutano. "Testamos outras rações, mas todas deram dor de barriga nela." Kate faz as necessidades fisiológicas sentada e, por isso, depende de banho diariamente.


Recentemente, uma conhecida das meninas doou o carrinho para melhorar a locomoção do animal, no entanto, o aparelho quebrou esta semana. "Um outro conhecido ficou de arrumar o carrinho para ficar ainda mais confortável para Kate", disse Ana Carolina.


Para que a casa se mantenha limpa e Kate bem cuidada, as amigas se revezam. Todos os dias, duas vão até o local para limpar, dar comida e medicamentos para o animal. Por mês, cada uma gasta um pouco mais de R$ 50. "Graças a Deus recebemos doações dos amigos e parentes. Os cuidados que damos para ela também são postados divulgação no Facebook, e muita gente ajuda", contou Lígia.


PROTEÇÃO
A prática de proteção aos animais é feita pelas amigas há quatro anos. O primeiro animal foi recolhido por Ana Carolina, após ser atropelado em frente à Unip. "Como a casa da minha família estava desocupada, decidimos colocar ele lá e desde então vieram outros. Nós tratamos e encaminhados para adoção. Além de Kate, tinham outros dois, que já encontraram novos donos", afirmou. Desde então, o grupo já encaminhou mais de 60 cães para adoção. "Com a Kate é diferente, ela é uma cachorra especial, muito dócil, amorosa, carinhosa, não temos nem palavras para descrever o que sentimos por ela", ressaltou Ana Carolina.


Quem se interessar em adotar a cadela, de quatro anos, deve ligar nos celulares das amigas: (18) 9119-1273 - Ana Carolina, e (18) 9121-0037, Lígia.

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